quarta-feira, 9 de novembro de 2011

No Escurinho do Cinema: porno e masturbação

Boas surpresas no Centro de Cultura e Intervenção Feminista
A não perder uma palavra, uma imagem, nem os calafrios que se vão sentir.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Para quê disfarçar


Todas as noites antes de entrar em palco tomava os comprimidos. Sentava-se no banquinho pequeno, abria as caixas, primeiro a cor de rosa, depois a amarela, e depois mais três sem cores definidas, e um a um colocava-os na língua. Antes de beber a água que tinha no copo olhava-se no espelho e sorria. Mais uma noite.

Quando colocava a coroa sobre os cabelos já sentia o efeito relaxante do que tinha tomado. A tensão nos braçosdiminuia, depois os ombros e em seguida todo o corpo ficava preparado.

Apenas os olhos não sabiam disfarçar. E ela sabia que os olhos a podiam trair. Porque os olhos viam e as imagens que lhe chegavam ao cérebro eram ampliadas e distorcidas. Os rostos dos homens babando-se eram-lhe repugnantes, principalmente os de bigode. Eos olhos viam. Era por isso que em certos momentos agitava tanto a cabeça que os cabelos lhe cobriama cara e lhe impediam a visão. Nessa altura voltava a sorrir. Pensariam talvez que aquilo era um gesto erótico. Era apenas a maneira de se proteger da agrssão das imagens que lhe chegavam ao cérebro.

Por que os seus olhos viam e não sabiam disfarçar.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Uma imagem de mulher

São dunas de areia fina. Redondas, suaves.

Duas montanhas parecem unir-se, mas são separadas por um vale profundo onde raramente o sol penetra.

Subindo pode ver-se uma curva brilhante onde a areia toma mesmo a cor do ouro. Em cima, uma das montanhas visíveis adquire a forma prfeita. No seu cume ergue-se provocante e desafiando a curiosidade quanto à textura, um pico erecto que estimula o desejo irreflectido de não desviar o olhar.

Por trás das dunas visíveis adivinham-se outros segredos, outros contornos dourados ainda inexplorados.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Novo Curso de Escrita Erótica

Na Escrever escrever não se tira férias - escrevem-se postais de prazer e luxúria...entre sestas.

De 05-08-2011 a 26-08-2011

Horário:

Sextas

Dias 5, 12, 19, 26 de Agosto

Das 10h30 às 13h

Mais informações AQUI

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Ponto Q

Recomenda-se a crónica televisiva Ponto Q, no canal do MEP Q (posição 15).

Ver aqui Susana Romana e seguir as novas tendências da pornografia: dá prazer e ainda nos rimos!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Novos Cursos de Escrita Erótica quase a chegar!

Quase a chegar, com a Primavera, o calor e o sol, novos cursos de escrita erótica.

Informe-se Aqui

terça-feira, 5 de abril de 2011

Projecto Teia - Ciclo sobre Amor e Sexualidade


CICLO SOBRE AMOR E SEXUALIDADE
SALÃO NOBRE

Numa selecção que tem como tema o Amor e a Sexualidade que lhe está inerente, escritores portugueses, escolhem entre poemas, contos e prosa de toda a Literatura, as palavras que nos falam do desejo, de sensibilidades e de histórias que expressam diferentes maneiras de viver a manifestação dos afectos no nosso corpo e na relação com o outro e com o corpo do outro. Actores profissionais darão expressão às palavras.

público em geral | entrada livre | duração 1h30 aproximadamente

Incesto

12 Abr | 19h

selecção de textos Luís Carlos Patraquim
coordenação da leitura Catarina Lacerda
intérpretes a convite do Teatro do Frio


Ver Aqui

sábado, 2 de abril de 2011

Escrever à Conversa

Escrever à Conversa

Encontros informais e de entrada livre que acontecem ocasionalmente, aos sábados, tendo em vista a discusão de temas ligados ao universo da escrita.

Um espaço para ouvir, falar, debater, ver vídeos e tirar dúvidas, marcado pela proximidade e boa disposição.

Não sendo necessário confirmar ou reservar presença, é importante que os participantes cheguem à Escola pontualmente para garantir o seu lugar.

Escrever à Conversa:

Data: 2 de Abril

Tema: O Sexo e a Língua Portuguesa: como vai a relação?

Orientador: Joana Almeida (formadora de Escrita Erótica na Escrever Escrever)

Convidadas: Raquel Freire (realizadora) e Susana Romana (autora e formadora na Escrever Escrever)


domingo, 6 de março de 2011

Francisco, 34 anos, Transexual não operado

Amada Lepor fotografada por David La Chapelle

A seguir a um dia cansativo no banco, Francisco passou pela casa de Miguel – o seu consorte – para o ir buscar. Iam ambos para o seu apartamento modesto, mas a viagem nunca se concluiu.
Miguel despediu-se da sua mulher, afirmando dirigir-se ao bar com o seu melhor amigo. Esta era uma verdade que a pobre mulher nunca chegaria a imaginar.
A viagem começou mal: Miguel trazia consigo o persa vermelho de um outro amigo, para o irem entregar depois do seu “momento” a dois.
“O que é isso, homem?! Tira-me isso do carro, que o meu nariz cresce que nem uma batata!”
“Cala-te e conduz”, dizia o amante, sabendo que Francisco odiava conduzir.
Depois de uma discussão acesa, Miguel ligou o rádio e ambos prosseguiram a sua viagem. Ocorrera, no entanto, uma fatalidade que Miguel descuidara ao deixar Francisco conduzir: este excitava-se ao som do “Rapper” Eminem!
Incapaz de conduzir devido ao tremendo calor que escorria pela sua – ainda existente – vagina, Francisco viu-se forçado a encostar o Fiat Punto na berma.
“Miguel, faz-me um minete...!” – exclamou com excitação na voz, como se implorasse...
“Aqui, Francisco?! Com o gato a ver?!”
“Sim, Miguel... vá lá...”
E lá começaram, antes do previsto: Francisco prontamente arrancou as suas calças do corpo e Miguel “enfiou-lhe” os dedos que tinha disponíveis, de seguida a língua e tudo o que podia “enfiar”, num frenesim badalhoco que, no fim, dava prazer a ambos. Rapidamente os dois homens moveram-se para o banco de trás.
Miguel abusava da vagina de Francisco e este, aproveitando um brinquedo que guardava religiosamente no porta-luvas, penetrava Miguel. Ambos gemiam num mar de suor masculino, com as pilas - a verdadeira e a falsa - já molhadas e coladas ao corpo - ambos rumo ao auge.
“Asfixia-me”, Implorou Francisco
“Com o quê?!”, perguntou Miguel, que não podia usar as mãos – deixaria marcas. Ambos olharam com um sorriso semi-maquiavélico, semi-perverso para o gato do amigo que apenas se limitou a miar.
Miguel segurou o bichano e “enfiou-o” na cara de Francisco, enquanto penetrava a sua vagina.
Finalmente, ambos os homens chegaram ao orgasmo: Miguel veio-se triunfantemente e Francisco encontrava-se desorientado no meio de um extâse incrível – Missão cumprida: só faltava o tareco que, agora excitado, rapidamente fez o serviço na perna do transsexual. Francisco não precisaria de comprimidos para dormir à noite...

sexta-feira, 4 de março de 2011

O colar de pérolas

Aquele dia era igual aos outros. Todos os dias a via passar, ora para um lado, ora para o outro, com o seu ar profissional e inabalável onde nada falhava.

Aquele dia não foi excepção. Lá passou ela, com o seu vestido justo, sóbrio e sério mas que deixava ou ver ou imaginar todos os contornos do seu corpo. E que contornos de perder a concentração! O decote no ponto certo, as meias de vidro e o colar de pérolas vermelho que, por distracção, ou quem sabe, de propósito, lhe entrava naquele declive por dentro do vestido. Mas porque faria ela aquilo?! Ficava louco! Só lhe apetecia levantar-se, correr atrás dela e tirar-lhe, não o colar de dentro do vestido mas o vestido de fora do colar.

Transpirava cada vez que ela passava. E só voltando a esconder os olhos por dentro dos óculos e focando perto em vez de focar a meia distância começava a sentir o seu corpo arrefecer e desdivagar no corpo daquela mulher escultural.

A safada sabia. Espreitava-lhe o olhar desorientado cada vez que passava. Media milimetricamente o desencontro dos seus olhares. Olhava-o apenas quando ele desistia e voltava a pousar o seu olhar naquele ecrã monocórdico e monocromático. E ele não sabia. Não sabia que, na realidade ela passava ali sempre de propósito. Sabia-lhe bem sentir aquele olhar roçar-se nela. Gostava de pensar que um dia se encontrariam fora dali e que, um dia, quem sabe, se despiriam sem só com o olhar…

quinta-feira, 3 de março de 2011

Cinema Paraíso

Um beijo. Dois beijos.

Um beijo são mil coisas.

Dois beijos

São duas mil coisas

Ou então não são nada

Ou são apenas

Um beijo e outro beijo.

Um abraço.

Um abraço

Pode ser um xi-coração

Pode ser muito

Pouco ou nada

Quase sempre um gosto de ti.

Um abraço e um beijo

Podem ser cem mil coisas

Ou então sem mil coisas.

Pode ser ou não ser

Ser tudo ou não ser nada.

Dormir.

Pode ser um sono

Pode ser um sonho

Ou uma insónia

Ou um pesadelo.

Beijaste-me.

Abraçaste-me.

Dormiste comigo.

Dormiste em mim.

E o que é?

O que foi afinal?

Não faço ideia!

Mas foi assim!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Asdrubal

O circo de Asdrúbal chegara nessa noite àquela pequena vila piscatória. O espectáculo era só amanhã mas começava já hoje. Enquanto se montavam tendas e barracas, Asdrúbal já pensava noutras montarias.

Guiado pelos cheiros e pelos ruídos surdos ou talvez simplesmente pelo seu talento em descobrir rabo de saia, lá foi parar ao que seria o bar mais in lá da zona.

Entrou com ar de rei na barriga, que é como diz com ar de “Querida, cheguei!!!”, dirigiu-se ao balcão e rodou os olhos pela sala. Pediu um whisky velho e, com ele na mão direita e mão esquerda no bolso, foi ter com a louraça lá do canto que fumava um cigarro no canto da boca.

Fez ar de pintas, franziu um sobrolho e espremeu uma espécie de sorriso por meia boca fora.

Ela leu-lhe a figura, o desejo e o tamanho do amontoado ali na zona da braguilha. “30 minutos, 50 euros”, disse-lhe. “É o preço de época baixa, estamos em saldos”.

Como quem cala consente e apenas silêncio se ouviu da boca de Asdrúbal, a louraça levantou‑se, entrou no corredor e ele seguiu-lhe a silhueta.

A porta trancou-se e destrancou-se a fera. O leão eriçou-se e soltou o cabelo, empurrou a louraça para cima da cama e atirou-se-lhe como se sobre a sua presa se lançasse. Já desceu as calças e de um só lanço lhe desprende os botões da blusa, lhe sobe a saia e lhe arranca as cuecas.

Afoga-lhe a cabeça no peito e sem dó nem piedade nem pingo de respeito ou meiguice enfia‑se-lhe desenfreada e desesperadamente. E numa cadência rápida e atabalhoada, uma busca atrapalhada de algo que desconhece mas não está ali.

Já está, já explodiu. Mas Asbrúbal só sente o vazio…

É que Asdrúbal é trapezista… mas ele queria mesmo era ser domador de leões…

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Maria Teresa Horta


Podem as mulheres falar e escrever da Sexualidade da Mulher?!
Não podiam, não deviam...já podem, já tentam, já o fazem, mas deixam-nos!?

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Escrever textos eróticos para oferecer no Dia dos Namorados

Descrição

Este curso é para os namorados, amantes e apaixonados. É para quem quer surpreender a sua cara metade com uma carta de amor, uma carta de erotismo que transpire palavras quentes de paixão.

Objectivos

  • Criar prendas eróticas
  • Escrever contos eróticos, cartas de amor, cartas de sexo.

A quem se destina

  • Maiores de 18 anos.
  • Todos os que tiverem curiosidade de explorar a sua sexualidade, por escrito.
  • Quem gosta de fantasiar sobre o corpo e as relações.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Fevereiro: Mês do Amor..ou do Sexo?!


Novos cursos este mês, bem no coração de Lisboa.
Às quintas-feiras (10, 17, 24 de Fevereiro e 3 de Março), das 19h30 às 22h.

Mais informação AQUI