sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Sexo e Orgasmo

Joana gostava de ser possuída. Dizia-o frequentemente a Filipe que lhe enfiasse bem fundo e que se viesse ao mesmo tempo que ela. Gostava de lhe meter a mão nas calças, provocá-lo e sentir que se entesava à medida que ela o acariciava. Provocava-o, masturbando-o progressivamente e olhava o seu falo com verdadeiro sentido de posse. Via-se que se concentrava neste acto e que lhe apetecia ser também apalpada.

Tinha a ousadia de desabotoar as calças de modo que Filipe lhe pudesse enfiar a mão entre as pernas e a excitasse. Ficava, de imediato, bastante húmida e se não se decidisse a chupá-lo, colocava-se de modo a ser penetrada.

Sentia-se nas nuvens à medida que o balançar dos corpos proporcionava a ambos um prazer nunca antes imaginável. Agarrava-o com força de modo que fosse quase brutal a penetração. Gostava da sua virilidade e ofereciam-se mutuamente. Perdia a cabeça, o momento era vertiginoso, as palavras soltavam-se e gritava: «Fode-me! ».

Tinha prazer ao sentir que aquele homem que estava à sua frente podia ser seduzido. Agora, diante de si, provocava-o levantando lentamente a saia e Filipe percebeu que ela gostava e pretendia excitá-lo antes que ele a tocasse. Ele enfiou a mão nas suas cuecas, acariciou-lhe o ventre e rodopiou os dedos no anterior dos lábios carnudos e macios. Sentiu-a já completamente húmida. A ansiedade era grande, a volúpia enorme. O seu desejo ultrapassava tudo o que imaginava quando o marido se servia dela.

Filipe lembrou todo o processo de sedução que ela tinha utilizado para, enfim, visitar o seu estúdio. Tinha recebido um sms com uma fotografia de uma jóia de lapela, um broche, uma aranha em ouro coberta de diamantes, com um comentário. «Estou apaixonada por esta aranha. Não acha que é um acto artístico comprá-la?». Filipe respondeu-lhe: «Consegue adquirir sempre os seus objectos de desejo? Quem dera…». Joana ripostou: «Tem razão. Adquirir não é preciso. Navegar é preciso…». Ela imaginou-o Ulisses.

Agora, enquanto olhava fixamente para ele, disse: «Quem dera ser Penélope!». E, assim, veio-se.

Filipe Martins (extracto de livro a publicar la Donna è Mobile)