sábado, 13 de fevereiro de 2010

Senhor do Tempo


O Sol deixava escapar os seus últimos raios. Infligia as suas ultimas forças no vidro fosco em tons de laranja.
No salão ouvia-se em fundo o incomparável Miles Davis. Junto à varanda num ondulante mover de corpo estava ela. A sua sombra vagueava pelas portadas da varanda destacando-lhe cada contorno.
O deslizar da ancas interrompido pelo recorte pronunciado de um seio firme, hirto, retocado...
A écharpe tigrada pendia tocando-lhe a pele.
Era tudo o que tinha vestido.
A dança continuava .
As mão esguias tocavam a pele. As unhas longas como garras ameaçavam uma fome constante.
Os longos stilletos negros eram o início da viagem pelo seu corpo torneado. A pele como veludo ansiava o toque.
Um breve fechar de olhos e o toque surge, trazendo consigo uma tremura. Mas aquele toque pedia mais e, reafirmando a sua presença a mão subiu. Sentiu as nádegas testadas com um aperto másculo de desejo.
Encostou as mãos à portada e esperou...