terça-feira, 9 de julho de 2013

O Broche



Era a terceira aula de esgrima de Xavier.
A terceira vez que se sentia intimidado por este aluno.
Xavier era perturbador.
Parecia não ter vergonha. Expunha uma uma frieza assustadora.
Há 10 anos que Martim dava aulas de esgrima e nunca passou por tal situação.
E era agora, aos 42 anos, que um aluno o deixava indefeso e embaraçado?
A sua cabeça dizia que não, mas o corpo dizia outra coisa.
Àquela hora já não havia ninguém nos balneários.
Era o instrutor o responsável por os fechar às terças e quintas-feiras.
Em casa, Amélia, sua mulher, esperava-o para jantar. 
Provavelmente já não o esperava.
Na realidade aquele casamento já nada era. Nunca fora.
Apenas eram bons amigos.
E enquanto tentava distrair-se em pensamentos da sua vida tão pouco entusiasta, Xavier levantou e dirigiu-se até este.
Olhando-o nos olhos, tocou-lhe na barba por fazer. Roçou-lhe a face penugenta e lisa, tal pele de bebé. E, sem perguntar, tocou-lhe na pila, com convicção.
Martim, imóvel, surpreendeu-se com a facilidade com que obteve tesão.
Xavier fechou-lhe os olhos em tom imperativo, apenas com um leve tocar descendente na sua face. Despiu-lhe a roupa apertada e branca que lhe restava no corpo, lambeu-lhe os mamilos, os contornos dos abdominais e desceu em tons de dança, direto ao pénis.
Martim estava nervoso ao achar a situação bizarra e errada. Ainda mais nervoso  porque estava a gostar. Como defesa, optou por manter os olhos cerrados. Xavier sabia muito bem o que fazia.
E mal deu conta, este já tinha o seu caralho todo enfiado dentro da boca. 
A pressão que fazia com os lábios grossos e carnudos que possuía, nada se comparavam aos delicados lábios femininos, os únicos a provar o seu mastro. O aluno era agora o mestre. E que mestre. Com mais e menos pressão, movimentava a boca pelos 18 cm de pénis erecto que Martim possuía, em extrema excitação. Com a ajuda de 2 dedos, tocava-lhe levemente nos testículos a fim de dar alguma coentrada à refeição.
Também estava erecto, mostrou-o ao esfregar o seu pau à perna de Martim. Empurrou a vitima até aos cacifes com o intuito de ser mais pujante. E o trabalho continuou, sem esforço, um voluntário do prazer. Umas lambidelas dos colhões ao pico da picha encheram Martim de arrepios. Já no topo da montanha umas lambidelas mais suaves saborearam algum liquido do vulcão, preste a entrar em erupção. As mãos fortes em parelha bateram uma punheta de quem sabe o que faz, com a velocidade certa e o entusiasmo franco. Seguiram-se umas brincadeiras, com paragens de quem tem sentido de humor, até se dirigir à meta.
Xavier comeu-lhe o pilão, chupou-o até ao fim. E, sem parar, movimentou-o dentro da sua boca com a força exata, sem toques de dentes e com um vigor extasiante.
Um broche daqueles, um bico tão libertador, nem a puta a que foi com o pai perder a virgindade- aos 15 anos- o soube oferecer. 
E meia hora naquilo foi o tempo certo para liberar todas as entranhas do seu órgão genital. Veio-se, sem dó e sem pedir licença, para a boca de Xavier e gritou. Gritou eufórico. Os armários dos cacifes acompanharam ruidosamente como banda sonora pela forca que Martim fez a agarrar e apoiar-se nestes. O broche acabou e os olhos de Martim continuaram fechados. 
Xavier limpou a boca com ajuda do braço, deliciado.
“Boa noite professor, até para a semana!”
E saiu.

Marta M.